Reportagem modelistica.
Reportagem modelistica.
Saiu hoje um artigo aqui no Diário de Noticias (Madeira), sobre os trabalhos da familia Gouveia.
Um trabalho com muita qualidade do Nélio Gomes(jornalista e aficionado).
poderão vê-lo online o Hugo já indicou o link, ou esperar quando eu apanhar um scanner.
O modelismo hoje saiu dignificado.
Um trabalho com muita qualidade do Nélio Gomes(jornalista e aficionado).
poderão vê-lo online o Hugo já indicou o link, ou esperar quando eu apanhar um scanner.
O modelismo hoje saiu dignificado.
Cá vai a reportagem:
Bombas em miniatura
Modelando a história do rali
Há cerca de seis anos que Pedro Gouveia meteu mãos à obra e começou a construir réplicas em tamanho reduzido (à escala 1/24) de carros que fizeram história no Rali Vinho da Madeira e na antiga Volta à Madeira em Automóvel. Umas mais antigos, outras mais recentes, mas todos eles com uma particularidade comum: são peças únicas – actualmente em número de dezasseis -, resultantes da concepção artesanal deste experiente modelista.
Uma das características particulares do trabalho de Pedro Gouveia, cuja dedicação à arte de construir miniaturas vem de há longo tempo, é a minúcia que impõe a si próprio na elaboração dos modelos, nomeadamente ao nível dos mais variados pormenores que lhes conferem um realismo impressionante. Que vão desde os mais pequenos decalques referente aos óleos do motor - de que é óptimo exemplo o Porsche 911 SC RS do malogrado Henri Toivonen -, até ao mais ínfimo órgão mecânico dos motores, passando pelos logótipos e interruptores dos "tabliers" que se destacam nos elaboradíssimos interiores. Pormenores que não se encontram nos "kits" existentes no mercado.
Quando a réplica parece real
A verdade é que se torna muito fácil confundir estas réplicas com os carros de ralis em que são inspirados, tal a precisão do detalhe e a qualidade do acabamento. E já foram muitos aqueles que, iludidos por uma foto, julgaram tratar-se de uma imagem do carro real. Porque o nível dos pormenores é realmente extraordinário e só possível de alcançar com uma aturada investigação, incontáveis horas de trabalho e, sobretudo, uma paciência sem limites.
«Tendo sempre aproximar ao máximo o modelo do real, procurando ir até ao mais pequeno pormenor», explica, justificando assim o facto de, por vezes, «as pessoas pensarem que as fotos correspondem ao modelo real».
Pedro Gouveia elegeu exclusivamente a escala 1/24 para fazer as suas réplicas. «É a escala que dá um maior grau de pormenor e, também, aquela que é mais fácil de trabalhar», explica. Além de que – acrescenta -, «os fabricantes têm vindo a dedicar-se muito a esta escala, sendo mais fácil do que há uns anos atrás encontrar os modelos pretendidos».
Aspecto curioso é o facto deste modelista trabalhar em vários "kits" ao mesmo tempo. «É uma forma de combater a saturação, que às vezes surge, de estar sempre a trabalhar no mesmo modelo. É um método de trabalho, como tanto outros», sublinha. Com uma vantagem, que é «acabar três ou quatro modelos no curto espaço de dois dias». Os últimos foram a "bomba verde" de Américo Nunes e o Subaru Impreza WRC de Piero Liatti – dois modelos extraordinários em termos de pormenores e da qualidade de acabamentos.
«É preciso estar nos meus dias para me dedicar a este "hobby"». Daí que, sublinhe, «possa estar semanas sem tocar nos modelos, ou então passar várias horas seguidas a trabalhar, às vezes até de madrugada». Por tudo isto, é imprevisível prever quanto tempo poderá demorar a construção de uma determinada réplica.
Decalques feitos em casa
Outra particularidade do trabalho de Pedro Gouveia é a criação da grande maioria dos decalques para os modelos da prova madeirense. «Foi a solução encontrada dada a inexistência no mercado de decalques do Rali Vinho da Madeira», refere, admitindo que o facto de dominar bem a área informática e, também, de profissionalmente estar ligado à arquitectura, «serem vantagens importantes para poder desenvolver o modelismo desta forma».
Especificamente com o intuito de criar os decalques para os seus modelos, Pedro Gouveia adquiriu, através da Internet, no Estados Unidos, uma impressora já fora de produção, que imprime a branco. As folhas para impressão são adquiridas igualmente nos Estados Unidos. Tal como o material usado na elaboração de algumas peças artesanais. «Porque por vezes os "kits" que servem de base ao trabalho são de modelos civis e necessitam de ser transformados», explica, apontando como exemplo o já referido Porsche de Henri Toivonen. Um "kit" que mereceu uma intervenção quase total, desde o motor aos interiores, passando pela suspensão e pela própria bagageira, modificada para receber o depósito da gasolina e o pneu sobressalente.
O investimento feito neste "hobby" é, por isso, significativo, acima de tudo atendendo «ao nível de pormenor que quero dar aos carros», aponta.
«Quando faço um modelo, tento aproximá-lo ao máximo do carro real. Para isso, é preciso investir quer em foto-incisões para fecho de "capots", grelhas e fivelas para cintos, em folhas de decalques, tintas e, claro, nas impressoras apropriadas», explica.
Para além disso, reforça, «alguns dos modelos para o Rali Vinho da Madeira são muito antigos e, por isso, muito difíceis de encontrar, reflectindo-se no seu custo». E neste particular, por vezes há que recorrer a modelistas que artesanalmente criam as suas peças, para depois comercializarem a preços significativos.
Muito trabalho de investigação
Um dos aspectos fulcrais no sucesso deste tipo de trabalho - e aqui o sucesso, já se viu, tem a ver com o grau de realismo do modelo - é o trabalho de investigação. Que apesar de facilitadas nos últimos anos com as novas tecnologias - «a Internet veio facilitar imenso o trabalho do modelistas», destaca -, requer também um arquivo considerável. Que no caso de Pedro Gouveia vai desde alguns dos mais importantes livros sobre ralis, dos quais destaca os da autoria de Reinhard Klein - «as bíblias dos ralis como gosto de os chamar» - e de Martin Holmes, passando por revistas e jornais nacionais e estrangeiros, sem esquecer o próprio material conseguido através da "net". Fundamentais têm sido, também, fotos dos modelos a construir, cedidas por algumas pessoas a quem este experiente modelista faz questão de agradecer, nomeadamente Nuno Lucas, Borges Pereira, Carlos Reis e Nélio Silva.
«A pesquisa é fundamental para que se consiga dar o realismo que se pretende ao modelo, até porque nos carros mais antigos a decoração de ambos os lados nem sempre era igual», sublinha Pedro Gouveia, que para este trabalho conta com a preciosa ajuda do seu filho Hugo, também ele "contagiado" por esta paixão pelo modelismo.
«Desde jovem que ele adora ralis e a partir daí começou também a fazer os seus modelos. E já tem algumas peças muito interessantes. Além disso tem uma apetência – maior que a minha – para destrinçar o pormenor, o que me tem ajudado bastante na correcção de pequenos aspectos», salienta a propósito do filho.
Em relação especificamente ao Rali Vinho da Madeira, Pedro Gouveia admite que as dificuldades em obter informações sobre os modelos «é complicada», valendo-lhe, além dos amigos atrás referidos, «a pesquisa feita no arquivo do Diário de Notícias e também nalguns fotógrafos».
Entretanto, em fase de projecto está a criação de uma página pessoal na Internet, «para poder expor os modelos», porque, ressalva, para um modelista «é importante ter oportunidade de mostrar o seu trabalho».
Paixão pelos ralis
O fascínio de Pedro Gouveia pelos ralis - que, afinal, está na base deste "hobby" pelo modelismo - começou bem cedo. Do início dos anos setenta recorda as primeiras idas à estrada, acompanhado pelos amigos de infância, para ver passar as "bombas" em ligação do Funchal para as classificativas - «ainda não havia idade para irmos sós para a serra», aponta - ou até ao Molhe da Pontinha para seguir de perto a descarga dos carros e às oficinas onde se faziam as derradeiras afinações antes da prova.
Depois, eles próprios improvisavam os seus ralis pelos quintais, de cronómetro e tudo, com os pequenos modelos da "Dinky Toys". E já nessa altura Pedro surgia com modificações nos brinquedos feitos carros de rali. «Pintava o carro sempre com uma decoração diferente para cada prova que realizávamos, punha uns faróis, umas abas, enfim improvisava. Gostava de inovar e fazia sucesso», recorda.
O passo seguinte surgiu com os modelos da marca francesa "Solido", mais elaborados e que começaram a surgir em "kit". «Foram os primeiros passos na pintura, montagem e colocação dos decalques, um treino importante para o modelismo que faço hoje», realça.
Os anos vividos no Continente e as várias edições do Rali de Portugal acompanhadas de forma quase religiosa, fizeram renascer a paixão pelo modelismo, então com a criação de modelos referentes àquela prova. «A maioria deles ficaram por lá, mas depois de voltar à Madeira voltei a fazer alguns modelos emblemáticos do Rali de Portugal», refere Pedro Gouveia, que com a reentrada da prova do ACP no Mundial de Ralis admite alternar a criação de modelos daquela prova com os do Rali Vinho da Madeira.
Peças únicas
Na prateleira contam-se já dezasseis modelos dedicados à prova madeirense. Que vão desde os antigos Mercedes 300 SL de Horácio Macedo, vencedor em 1960, e Porsche 911-S com que Américo Nunes venceu em 1970, passando pelo Lancia 037 de Massimo Biasion (1983), pelo Porsche 911 SC RS de Henri Toivonen (84) ou pelo Ford Sierra Cosworth de Joaquim Santos (88), até terminar nos mais recentes Peugeot 206 WRC de Adruzilo Lopes (2001), Andrea Aghini (02) e Miguel Campos (03). Mas há mais peças concluídas: o Renault Mégane Maxi de José Carlos Macedo (98), os dois Toyota que deram vitórias a Andrea Aghini (o Celica de 94 e o Corolla de 98), o Subaru Impreza WRC com que Piero Liatti venceu em 2000, além de quatro Ford Escort – Patrick Snijers (93), Andrea Navarra (99), Fernando Peres (96) e Rui Conceição (96). Estes dois últimos construídos pelo seu filho Hugo Gouveia, que herdou do pai (que também o ajudou na respectiva concepção) a paixão pelos carros e o jeito para o modelismo.
Mas mais alguns modelos estão em fase de conclusão e outros ainda a dar os primeiros passos, destacando-se o Lancia Delta S4 com que Fabrizio Tabaton venceu na Madeira em 1986, o Renault 5 Turbo Maxi que Carlos Sainz tripulou no mesmo ano, o Peugeot 306 Maxi que levou o madeirense Vítor Sá ao triunfo há dois anos atrás e o Mitsubishi EVO III com que Abel Spínola venceu o Grupo N em 1997. E outros mais como o Ferrari 250 GT SWB de Horácio Macedo (1962), o Lancia 037 de Salvador Serviá (85), o Volkswagen Golf GTi de John Bosh (87), o BMW M3 de Patrick Snijers (88) e o Lancia Super Delta de Andrea Aghini (92). Todas elas peças únicas!
Nélio Gomes
Bombas em miniatura
Modelando a história do rali
Há cerca de seis anos que Pedro Gouveia meteu mãos à obra e começou a construir réplicas em tamanho reduzido (à escala 1/24) de carros que fizeram história no Rali Vinho da Madeira e na antiga Volta à Madeira em Automóvel. Umas mais antigos, outras mais recentes, mas todos eles com uma particularidade comum: são peças únicas – actualmente em número de dezasseis -, resultantes da concepção artesanal deste experiente modelista.
Uma das características particulares do trabalho de Pedro Gouveia, cuja dedicação à arte de construir miniaturas vem de há longo tempo, é a minúcia que impõe a si próprio na elaboração dos modelos, nomeadamente ao nível dos mais variados pormenores que lhes conferem um realismo impressionante. Que vão desde os mais pequenos decalques referente aos óleos do motor - de que é óptimo exemplo o Porsche 911 SC RS do malogrado Henri Toivonen -, até ao mais ínfimo órgão mecânico dos motores, passando pelos logótipos e interruptores dos "tabliers" que se destacam nos elaboradíssimos interiores. Pormenores que não se encontram nos "kits" existentes no mercado.
Quando a réplica parece real
A verdade é que se torna muito fácil confundir estas réplicas com os carros de ralis em que são inspirados, tal a precisão do detalhe e a qualidade do acabamento. E já foram muitos aqueles que, iludidos por uma foto, julgaram tratar-se de uma imagem do carro real. Porque o nível dos pormenores é realmente extraordinário e só possível de alcançar com uma aturada investigação, incontáveis horas de trabalho e, sobretudo, uma paciência sem limites.
«Tendo sempre aproximar ao máximo o modelo do real, procurando ir até ao mais pequeno pormenor», explica, justificando assim o facto de, por vezes, «as pessoas pensarem que as fotos correspondem ao modelo real».
Pedro Gouveia elegeu exclusivamente a escala 1/24 para fazer as suas réplicas. «É a escala que dá um maior grau de pormenor e, também, aquela que é mais fácil de trabalhar», explica. Além de que – acrescenta -, «os fabricantes têm vindo a dedicar-se muito a esta escala, sendo mais fácil do que há uns anos atrás encontrar os modelos pretendidos».
Aspecto curioso é o facto deste modelista trabalhar em vários "kits" ao mesmo tempo. «É uma forma de combater a saturação, que às vezes surge, de estar sempre a trabalhar no mesmo modelo. É um método de trabalho, como tanto outros», sublinha. Com uma vantagem, que é «acabar três ou quatro modelos no curto espaço de dois dias». Os últimos foram a "bomba verde" de Américo Nunes e o Subaru Impreza WRC de Piero Liatti – dois modelos extraordinários em termos de pormenores e da qualidade de acabamentos.
«É preciso estar nos meus dias para me dedicar a este "hobby"». Daí que, sublinhe, «possa estar semanas sem tocar nos modelos, ou então passar várias horas seguidas a trabalhar, às vezes até de madrugada». Por tudo isto, é imprevisível prever quanto tempo poderá demorar a construção de uma determinada réplica.
Decalques feitos em casa
Outra particularidade do trabalho de Pedro Gouveia é a criação da grande maioria dos decalques para os modelos da prova madeirense. «Foi a solução encontrada dada a inexistência no mercado de decalques do Rali Vinho da Madeira», refere, admitindo que o facto de dominar bem a área informática e, também, de profissionalmente estar ligado à arquitectura, «serem vantagens importantes para poder desenvolver o modelismo desta forma».
Especificamente com o intuito de criar os decalques para os seus modelos, Pedro Gouveia adquiriu, através da Internet, no Estados Unidos, uma impressora já fora de produção, que imprime a branco. As folhas para impressão são adquiridas igualmente nos Estados Unidos. Tal como o material usado na elaboração de algumas peças artesanais. «Porque por vezes os "kits" que servem de base ao trabalho são de modelos civis e necessitam de ser transformados», explica, apontando como exemplo o já referido Porsche de Henri Toivonen. Um "kit" que mereceu uma intervenção quase total, desde o motor aos interiores, passando pela suspensão e pela própria bagageira, modificada para receber o depósito da gasolina e o pneu sobressalente.
O investimento feito neste "hobby" é, por isso, significativo, acima de tudo atendendo «ao nível de pormenor que quero dar aos carros», aponta.
«Quando faço um modelo, tento aproximá-lo ao máximo do carro real. Para isso, é preciso investir quer em foto-incisões para fecho de "capots", grelhas e fivelas para cintos, em folhas de decalques, tintas e, claro, nas impressoras apropriadas», explica.
Para além disso, reforça, «alguns dos modelos para o Rali Vinho da Madeira são muito antigos e, por isso, muito difíceis de encontrar, reflectindo-se no seu custo». E neste particular, por vezes há que recorrer a modelistas que artesanalmente criam as suas peças, para depois comercializarem a preços significativos.
Muito trabalho de investigação
Um dos aspectos fulcrais no sucesso deste tipo de trabalho - e aqui o sucesso, já se viu, tem a ver com o grau de realismo do modelo - é o trabalho de investigação. Que apesar de facilitadas nos últimos anos com as novas tecnologias - «a Internet veio facilitar imenso o trabalho do modelistas», destaca -, requer também um arquivo considerável. Que no caso de Pedro Gouveia vai desde alguns dos mais importantes livros sobre ralis, dos quais destaca os da autoria de Reinhard Klein - «as bíblias dos ralis como gosto de os chamar» - e de Martin Holmes, passando por revistas e jornais nacionais e estrangeiros, sem esquecer o próprio material conseguido através da "net". Fundamentais têm sido, também, fotos dos modelos a construir, cedidas por algumas pessoas a quem este experiente modelista faz questão de agradecer, nomeadamente Nuno Lucas, Borges Pereira, Carlos Reis e Nélio Silva.
«A pesquisa é fundamental para que se consiga dar o realismo que se pretende ao modelo, até porque nos carros mais antigos a decoração de ambos os lados nem sempre era igual», sublinha Pedro Gouveia, que para este trabalho conta com a preciosa ajuda do seu filho Hugo, também ele "contagiado" por esta paixão pelo modelismo.
«Desde jovem que ele adora ralis e a partir daí começou também a fazer os seus modelos. E já tem algumas peças muito interessantes. Além disso tem uma apetência – maior que a minha – para destrinçar o pormenor, o que me tem ajudado bastante na correcção de pequenos aspectos», salienta a propósito do filho.
Em relação especificamente ao Rali Vinho da Madeira, Pedro Gouveia admite que as dificuldades em obter informações sobre os modelos «é complicada», valendo-lhe, além dos amigos atrás referidos, «a pesquisa feita no arquivo do Diário de Notícias e também nalguns fotógrafos».
Entretanto, em fase de projecto está a criação de uma página pessoal na Internet, «para poder expor os modelos», porque, ressalva, para um modelista «é importante ter oportunidade de mostrar o seu trabalho».
Paixão pelos ralis
O fascínio de Pedro Gouveia pelos ralis - que, afinal, está na base deste "hobby" pelo modelismo - começou bem cedo. Do início dos anos setenta recorda as primeiras idas à estrada, acompanhado pelos amigos de infância, para ver passar as "bombas" em ligação do Funchal para as classificativas - «ainda não havia idade para irmos sós para a serra», aponta - ou até ao Molhe da Pontinha para seguir de perto a descarga dos carros e às oficinas onde se faziam as derradeiras afinações antes da prova.
Depois, eles próprios improvisavam os seus ralis pelos quintais, de cronómetro e tudo, com os pequenos modelos da "Dinky Toys". E já nessa altura Pedro surgia com modificações nos brinquedos feitos carros de rali. «Pintava o carro sempre com uma decoração diferente para cada prova que realizávamos, punha uns faróis, umas abas, enfim improvisava. Gostava de inovar e fazia sucesso», recorda.
O passo seguinte surgiu com os modelos da marca francesa "Solido", mais elaborados e que começaram a surgir em "kit". «Foram os primeiros passos na pintura, montagem e colocação dos decalques, um treino importante para o modelismo que faço hoje», realça.
Os anos vividos no Continente e as várias edições do Rali de Portugal acompanhadas de forma quase religiosa, fizeram renascer a paixão pelo modelismo, então com a criação de modelos referentes àquela prova. «A maioria deles ficaram por lá, mas depois de voltar à Madeira voltei a fazer alguns modelos emblemáticos do Rali de Portugal», refere Pedro Gouveia, que com a reentrada da prova do ACP no Mundial de Ralis admite alternar a criação de modelos daquela prova com os do Rali Vinho da Madeira.
Peças únicas
Na prateleira contam-se já dezasseis modelos dedicados à prova madeirense. Que vão desde os antigos Mercedes 300 SL de Horácio Macedo, vencedor em 1960, e Porsche 911-S com que Américo Nunes venceu em 1970, passando pelo Lancia 037 de Massimo Biasion (1983), pelo Porsche 911 SC RS de Henri Toivonen (84) ou pelo Ford Sierra Cosworth de Joaquim Santos (88), até terminar nos mais recentes Peugeot 206 WRC de Adruzilo Lopes (2001), Andrea Aghini (02) e Miguel Campos (03). Mas há mais peças concluídas: o Renault Mégane Maxi de José Carlos Macedo (98), os dois Toyota que deram vitórias a Andrea Aghini (o Celica de 94 e o Corolla de 98), o Subaru Impreza WRC com que Piero Liatti venceu em 2000, além de quatro Ford Escort – Patrick Snijers (93), Andrea Navarra (99), Fernando Peres (96) e Rui Conceição (96). Estes dois últimos construídos pelo seu filho Hugo Gouveia, que herdou do pai (que também o ajudou na respectiva concepção) a paixão pelos carros e o jeito para o modelismo.
Mas mais alguns modelos estão em fase de conclusão e outros ainda a dar os primeiros passos, destacando-se o Lancia Delta S4 com que Fabrizio Tabaton venceu na Madeira em 1986, o Renault 5 Turbo Maxi que Carlos Sainz tripulou no mesmo ano, o Peugeot 306 Maxi que levou o madeirense Vítor Sá ao triunfo há dois anos atrás e o Mitsubishi EVO III com que Abel Spínola venceu o Grupo N em 1997. E outros mais como o Ferrari 250 GT SWB de Horácio Macedo (1962), o Lancia 037 de Salvador Serviá (85), o Volkswagen Golf GTi de John Bosh (87), o BMW M3 de Patrick Snijers (88) e o Lancia Super Delta de Andrea Aghini (92). Todas elas peças únicas!
Nélio Gomes
Last edited by Marco on Mon Jul 31, 2006 2:34 pm, edited 1 time in total.
Epa, pessoal, muito obrigado pelo vosso apoio!! Estou cada vez mais motivado para pôr mãos à obra...! Ainda por cima há novidades...! Meu pai recebeu um telefonema de lá do Aeroporto da Madeira, hà 2 dias, e convidou-nos a expôr a nossa colecção mesmo em frente à porta de chegada de passageiros. Portanto, quem chegar à Madeira, vai deparar-se com as miniaturas do Rali Vinho Madeira! O que é porreiro, numa altura destas...!!
E já agora, como houve o Shakedown, aproveito para expôr algumas das fotos do dia de hoje...
M. Campos
U. Scandola
L. Pimentel
J. P. Fontes
E já agora, como houve o Shakedown, aproveito para expôr algumas das fotos do dia de hoje...
M. Campos
U. Scandola
L. Pimentel
J. P. Fontes
As maravilhas que um pouco de exposição mediática pode fazer Essa exposição no aeroporto é completamente merecida. Muitos parabéns! E não se esqueçam das fotos!HGouveia wrote:Epa, pessoal, muito obrigado pelo vosso apoio!! Estou cada vez mais motivado para pôr mãos à obra...! Ainda por cima há novidades...! Meu pai recebeu um telefonema de lá do Aeroporto da Madeira, hà 2 dias, e convidou-nos a expôr a nossa colecção mesmo em frente à porta de chegada de passageiros. Portanto, quem chegar à Madeira, vai deparar-se com as miniaturas do Rali Vinho Madeira! O que é porreiro, numa altura destas...!!
Se me permitem uma sugestão, peçam para fazê-la na zona das partidas. É que quem está à espera dos aviões, tem mais tempo para apreciar os carros. Quem chega de viagem , quer é recolher as malas e pôr-se a andar e não vão poder ver as pequenas maravilhas como elas merecem.
Um grande abraço e mais uma vez, parabéns!